Sou desatento(a), será que tenho TDAH?
- Projeto Fora da Caixa
- 21 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de dez. de 2024

O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por um padrão persistente de desatenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade. Embora as manifestações possam variar de pessoa para pessoa, essas características geralmente afetam a vida diária, interferindo no desempenho escolar, no trabalho e nos relacionamentos.
Os sintomas podem ser divididos em duas categorias principais: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Algumas pessoas podem ter predominância de um tipo de sintoma, enquanto outras podem apresentar uma combinação de ambos.
Desatenção:
Dificuldade em prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido em tarefas escolares, de trabalho ou em outras atividades.
Dificuldade em manter a atenção em atividades ou jogos.
Frequentemente parece não ouvir quando falam diretamente com a pessoa.
Não seguir instruções ou não terminar tarefas.
Dificuldade em organizar tarefas e atividades.
Evitar ou ter aversão a tarefas que exigem esforço mental prolongado.
Perder coisas frequentemente (como materiais escolares, chaves, etc.).
Fácil distração por estímulos externos.
Esquecer compromissos ou atividades diárias.
Hiperatividade/Impulsividade:
Ficar inquieto, não conseguir ficar sentado por muito tempo.
Correr ou escalar em situações inadequadas.
Dificuldade em brincar ou fazer atividades de lazer de forma calma.
Falar excessivamente.
Dificuldade em esperar a vez ou interromper os outros (exemplo: interromper conversas ou brincadeiras).
Agir impulsivamente sem pensar nas consequências.
O diagnóstico de TDAH deve ser feito por um profissional de saúde qualificado, como um psicólogo e/ou psiquiatra, que pode realizar uma avaliação detalhada. O processo geralmente envolve:
Histórico médico e familiar: O psicólogo pode perguntar sobre sintomas desde a infância, já que o TDAH geralmente começa na infância e persiste na idade adulta.
Entrevistas clínicas: O médico pode conversar com você e, se for o caso, com familiares ou pessoas que convivem com você para obter informações sobre os sintomas e seu impacto na vida diária.
Questionários ou escalas de avaliação: Esses instrumentos ajudam a medir a frequência e a intensidade dos sintomas.
Exclusão de outras condições: O médico pode verificar se os sintomas não são causados por outras condições médicas ou psicológicas, como ansiedade ou depressão.
Diferença entre ser desatento e ter TDAH
Ser desatento ocasionalmente, ou em situações específicas, não significa que você tenha TDAH. Todos podem ser desatentos de vez em quando, especialmente em momentos de estresse, cansaço ou monotonia, além de vivermos repletos de estímulos atencionais. O que caracteriza o TDAH é a persistência e o impacto significativo desses sintomas na vida da pessoa, ou seja, a desatenção (ou outros sintomas) deve ocorrer de forma frequente e durar pelo menos seis meses, afetando áreas importantes da vida, como trabalho, estudo ou relacionamentos.
O tratamento do TDAH pode incluir uma combinação de estratégias, dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades individuais. A psicoterapia é uma delas. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ser eficaz no tratamento de aspectos emocionais do TDAH, como a baixa autoestima ou a dificuldade em lidar com frustrações, focando em ajudar a pessoa a entender e mudar padrões de pensamento e comportamento.Em alguns casos é necessário o tratamento medicamentoso, sendo feito o acompanhamento com médico psiquiatra. Mudanças no estilo de vida e a criação de hábitos saudáveis também podem ajudar a controlar os sintomas.
Se você acha que pode ter TDAH, o ideal é procurar um profissional para uma avaliação. O tratamento adequado pode melhorar muito a qualidade de vida, ajudando a controlar os sintomas e a melhorar o desempenho acadêmico, profissional e social.
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